Greve: Adesão nos hospitais indica que participação será elevada 778


27 de outubro de 2017

A coordenadora da Frente Comum de sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, considerou hoje que a adesão nos hospitais, com vários a 100 por cento nas primeiras horas, é indicativa que a participação na greve geral será elevada.

A dirigente sindical, que prestou declarações à porta do Hospital de São José, em Lisboa, referiu que o início de greve está a ser «muito bom».

«Tendo em conta os objetivos da greve e o sentimento que grassa na administração pública, o descontentamento vai levar a que a participação seja muito grande», disse.

Ana Avoila afirmou que no hospital de São José a adesão à greve é de 100 por cento, tal como na Estefânia ou nos hospitais em Braga, Bragança, Famalicão e Guimarães.

«No Porto, só há os serviços mínimos. O Garcia de Orta, em Almada, o Barreiro e os hospitais de Coimbra também estão com o mesmo nível de adesão», afirmou.

No hospital São Francisco Xavier a adesão é de 95 por cento, em Santa Maria de 80 por cento e na Maternidade Alfredo da Costa de 75 por cento, enquanto que no Amadora-Sintra a adesão é de 100 por cento, sendo considerado pela dirigente sindical como um «sítio muito difícil» de conseguir estes níveis.

Ana Avoila disse que o Orçamento do Estado fica «muito muito aquém do necessário» no momento.

«O que vem é muito pouco. Fica tudo congelado exceto uma parte das progressões nos escalões, é mais aquilo que tiram do que aquilo que dão», concluiu.

Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento «imediato» das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

Esta é a segunda greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o atual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.

A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública. Em causa estava a reposição das 35 horas semanais de trabalho.