Governo quer 2 mil ME de verbas comunitárias para investigação e inovação 832

 

 

13 de setembro de 2018

As verbas nacionais canalizadas para a investigação e inovação estão «aquém do desejado», afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, relembrando que pretende captar 2 mil milhões de euros do próximo quadro comunitário.

«Queremos duplicar a nossa posição no próximo quadro comunitário», afirmou Manuel Heitor durante a sessão de abertura das comemorações dos 25 anos de existência dos programas de doutoramento em Ciências da Vida do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), que decorreu hoje em Lisboa.

O ministro referiu que Portugal recebeu quase 1,6% dos fundos comunitários do programa “Horizonte 2020”, sendo que, entre 2014 e 2017, o país recebeu cerca de 555 milhões de euros.

A meta agora é de conseguir um financiamento de dois mil milhões de euros do programa “Horizonte Europa” (2021/2027).

Manuel Heitor lembrou que o aumento de investimento nas últimas décadas, apesar de reconhecer que continua a ser residual a percentagem de PIB investido em investigação (1,35%): «Os números têm-se multiplicado ao longo dos anos, mas continuam a ser menos do que desejávamos».

Também o número de doutorados tem aumentado, mas ainda existe um caminho a percorrer: «Na altura em que foi criado o programa, havia 400 novos doutores por ano. Esse número multiplicou-se por sete. Agora são 2.700 por ano», referiu o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ao jornal “Diário de Notícias.