O Governo vai alocar parte importante do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) à concretização de mudanças estruturais do Serviço Nacional de Saúde, que este ano vai dispor de 12.100 milhões de euros.
“Vamos utilizar uma parte muito importante do PRR para reforçar ainda mais o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou António Costa, especificando que a verba servirá “não para responder aquilo que são as faltas do dia a dia, mas para fazer as mudanças estruturais que ajudam a reforçar o SNS na sua base”.
Na Nazaré, onde hoje inaugurou o novo Centro de Saúde, António Costa explicou que as mudanças estruturais incidirão sobre as Unidades de Saúde Familiar (USF), as unidades de cuidados integrados, a rede de cuidados paliativos e a rede de cuidados de saúde mental.
“No PRR, um dos objetivos que temos é que em todas as USF exista tratamento de saúde mental e exista cadeira de dentista”, afirmou o primeiro-ministro durante o discurso em que sublinhou que o SNS, este ano, irá “dispor, no total, de 12.100 milhões de euros”, de investimento.
A par da saúde oral, os cuidados continuados serão outra das prioridades, considerando o Governo ter “possibilidade de concluir essa rede, de forma a assegurar o número de camas suficientes em todo o país”, afirmou Costa.
A conclusão da rede será feita “em parceria com as misericórdias e com as mutualidades”, para que “todos possam ter mais esperança de vida”, com “maior qualidade”, disse.
No discurso, em que sublinhou a importância do SNS, António Costa lembrou que ao longo da legislatura o serviço contou com um reforço de 1.400 milhões de euros.
“Começámos a legislatura com um reforço de 900 milhões de euros para o SNS”, precisou, acrescentando que, após o início da pandemia de covid-19, o Governo incluiu no Orçamento Suplementar “mais um reforço de 500 milhões de euros”.
Ou seja, sublinhou, “só o ano passado o reforço de verbas no SNS foi o mesmo que tínhamos tido nos quatro anos anteriores”.
António Costa discursava no final da inauguração do novo Centro de Saúde da Nazaré, um investimento de 1,4 milhões de euros, que veio substitui um pré-fabricado onde as duas unidades de saúde da vila funcionavam, em instalações provisórias, há cerca de 36 anos.
O novo equipamento conta com 30 profissionais e com as valências de Saúde Oral, Fisioterapia e psicologia.