Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Faculdade de Farmácia (FFUC), avaliou a presença de vírus e bactérias em macroalgas e halófitas da costa continental portuguesa, dada a tendência crescente associação destes produtos a novas tendências gastronómicas saudáveis, avança a FCTUC.
As macroalgas e halófitas são cada vez mais incluídas em receitas culinárias, e de modo a avaliar possíveis efeitos adversos devido ao consumo deste alimento em Portugal, foi publicado na revista científica Food Control um estudo que avaliou a presença de Norovirus e Salmonella, agentes patogénicos responsáveis por infeções graves, com a possibilidade de se transmitirem através de ingestão de alimentos contaminados. Um estudo baseado em 50 amostras recolhidas desde Vila do Conde até Cascais, avança a Universidade de Coimbra.
“Este estudo mostrou a grande qualidade das águas costeiras portuguesas no que diz respeito à presença de Norovirus e Salmonella em macroalgas. No entanto, a bactéria Salmonella foi detetada numa halófita recolhida numa das praias amostradas, o que realça a importância da população não apanhar espécimes em meio natural para uso culinário”, realça Elsa Teresa Rodrigues, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), e coordenadora deste estudo, em comunicado.
De acordo com a investigação, como refere a UC, as informações sobre os potenciais perigos microbiológicos em macroalgas e halófitas comestíveis são escassas, e os métodos normalizados para deteção de Norovírus em vegetais não foram ainda validados para este tipo de produtos alimentares.
O artigo científico “Portuguese macroalgae and halophytes for human consumption: minimal risk of Norovirus and Salmonella infection” pode ser consultado aqui