FAO defende “transformação” dos sistemas agroalimentares em prol da sustentabilidade 1122

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), QU Dongyu, destacou esta quinta-feira, 21 de julho, a contribuição crítica da ciência e da inovação para a transformação dos sistemas agroalimentares em prol da “produtividade, qualidade, diversidade, eficiência e sustentabilidade ambiental”.

Num evento paralelo à 28º sessão da Comissão de Agricultura (COAG), QU Dongyu reforçou que a  “primeira Estratégia de Ciência e Inovação da FAO, recentemente endossada pelo Conselho da FAO, é histórica e garantirá ciência, soluções inovadoras e ferramentas técnicas transversais” para os próximos 10 anos. A Estratégia está alinhada com o Quadro Estratégico da FAO 2022-31 e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

O diretor-geral da FAO enfatizou que os conflitos, emergências humanitárias, a pandemia de covid-19 e a crise climática afetam “fortemente os sistemas alimentares, daí a necessidade de mudanças rápidas”. Para isso, defende, é preciso promover “uma abordagem holística para minimizar os trade-offs usando ciência, tecnologia e inovação para viabilizar políticas, com atenção especial às necessidades de países de baixa e média renda, bem como produtores de pequena escala, mulheres, jovens e Povos Indígenas”.

QU Dongyu explica ainda que uma bioeconomia sustentável e circular “promove o uso sustentável de recursos biológicos em vez de recursos finitos para melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor vida, a fim de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)“. Como a ciência e a inovação não são suficientes, o diretor-geral da FAO resume em três pontos o que pode ser melhorado.

“Primeiro: devemos implementar as nossas estratégias temáticas sobre Ciência e Inovação e sobre as Mudanças Climáticas de forma coerente e sinergéticas”, começa por enunciar. “Segundo, devemos monitorizar melhor a difusão das inovações, promovendo adaptações às necessidades locais” e, finalmente, em “terceiro, precisamos de melhorar os nossos sistemas de extensão, usando as melhores tecnologias disponíveis para atingir efetivamente os produtores de pequena escala”, conclui o responsável da FAO.