Europacolon reclama rastreios ao colón e reto a nível nacional 783


11 de julho de 2017

O presidente da Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo defendeu ontem o rastreio ao cólon e reto a nível nacional, entendendo não se justificar a realização de mais projetos-piloto.

Vítor Neves argumentou, num comunicado divulgado ontem pela organização, que a proposta apresentada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a quatro centros de saúde em Setúbal, como sendo um projeto-piloto, é algo que devia estar em curso desde abril de 2016 aquando da publicação do despacho n.º 4771-A/2016.

«Mais de um ano depois da publicação do despacho, continuamos sem rastreio de base populacional. Esta ação da ARSLVT é apenas um cumprimento parcial e atrasado do despacho», denunciou Vítor Neves, frisando que «os rastreios de base populacional têm de ser feitos de forma sistemática e nacional pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) com convocatórias semanais dos Centros de Saúde, a todos os cidadãos dentro da área de risco», citou a “Lusa”.

Para o presidente da Europacolon «repetir procedimentos como o projeto-piloto anunciado a 16 de dezembro, na ARS Norte, a 3.000 utentes e que passados sete meses ninguém conhece o seu resultado, faz recear que atitudes como a agora enunciada só sirvam para adiar uma decisão de fundo, que poria cobro a um problema de saúde pública nacional responsável por mais de 3.900 mortes por ano no país».

Lembrando a recomendação de que «o rastreio ao cancro do cólon e do reto deve ser feito por todas as pessoas sem esta patologia, com idades entre os 50 e os 74 anos, de dois em dois anos», sustentou que os de «base populacional, por pesquisa de sangue oculto, têm de ser feitos de forma anual, tal como recomendam as boas práticas internacionais e nacionais».

A Europacolon Portugal, criada em 2006, no Porto, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que faz parte da organização Pan-Europeia Europacolon exercendo a sua ação no combate ao cancro colo-rectal que é a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo, com cerca de 1,4 milhões de novos casos.