Resultados do estudo ‘Estado de Saúde geral da população portuguesa” divulgados recentemente demonstram uma maior incidência de níveis de stress elevados (com referência aos últimos 6 meses), junto das mulheres (56%) comparativamente com o género masculino, bem como registaram sintomas de ansiedade, ataques de pânico ou depressão com maior prevalência (49%). Estes dados resultam de uma pesquisa feita recentemente em Portugal pela Marktest, para a Medicare, e revelam a importância do tema da saúde mental em particular no género feminino, na semana em que se assinala o Dia Internacional da Mulher.
Do total de inquiridas, 37% revelaram que no último ano sentiram necessidade de procurar ajuda de um profissional de saúde mental e 30% necessitam de tomar algum tipo medicação calmante ou apenas para ajudar a dormir.
Embora cerca de 40% da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos afirmem ter sofrido algum sintoma do foro mental nos últimos 12 meses, o equivalente a cerca de 2.354.000 portugueses, apenas 19% foram efetivamente a uma consulta de saúde mental (cerca de 50% dos que revelaram sofrer algum sintoma). No entanto, mais de 70% das mulheres revelaram sentir-se à vontade para falar sobre os seus problemas de saúde mental junto de familiares e/ ou amigos.
No que diz respeito à valorização da saúde mental no local de trabalho, 60% da população portuguesa incluindo mulheres e homens, o equivalente a mais de três milhões de portugueses, consideram que este não é um tema valorizado no seu local de trabalho, sendo esta perceção ainda mais elevada junto daqueles que sentiram necessidade de procurar ajuda de um profissional de saúde mental (65.9%).
A pesquisa para este estudo foi realizada em setembro de 2023 e por isso os resultados obtidos já revelam como se sentem os portugueses relativamente à sua saúde mental no período pós pandemia covid-19.