Um estudo da Universidade Ben-Gurion do Negev, de Israel, publicado no periódico “NeuroImage“, indica que para perder ou manter o peso é preciso muito mais do que força de vontade, isto porque o emagrecimento e o consumo em excesso de alimentos podem estar associados a atividade cerebral.
O estudo denominado por “Neural correlates of future weight loss reveal a possible role for brain-gastric interactions“, é da autoria de Gidon Levakov, Alon Kaplan, Anat Yaskolka Meirc, Ehud Rinott, Gal Tsaban, Hila Zelicha, Nachshon Meiran, Ilan Shelef, Iris Shai, Galia Avidan.
Os investigadores avaliaram 92 pessoas, durante um ano e meio. Os participantes foram selecionados com base na circunferência da cintura, níveis anormais de lipídios (gorduras) no sangue e idade. Todos realizaram diversos exames de imagens cerebrais e testes de funções cerebrais, responsáveis pelo comportamento, antes e durante a pesquisa. A perda de peso dos participantes foi medida após seis meses de dieta.
Durante a pesquisa, foi identificada uma conexão entre a atividade elétrica do estômago, que se correlaciona com a perda de peso, baseando-se na conectividade cerebral. Essa atividade comanda as ondas gástricas associadas à sensação de fome e de saciedade.
Os participantes tinham uma resposta neural aumentada ao ver e sentir o odor da comida, o que originava um maior consumo de comida e o ganho de mais peso.
Para além disso, os especialistas descobriram ainda uma relação entre os neurônios e a frequência elétrica basal gástrica, que está relacionada com a perda de peso.
Segundo os investigadores, estes resultados podem ser importantes no futuro para compreender a relação entre a obesidade e como funciona o mecanismo cerebral em resposta a uma dieta.
Pode consultar o estudo aqui.