20 de março de 2017 Um novo medicamento para combater o colesterol e com resultados prometedores para pessoas com aterosclerose e alto risco de acidente vascular cerebral, mostrou ser inofensivo para as funções cerebrais, segundo um estudo divulgado. Dois estudos anteriores, em 2015, concluíram que o medicamento poderia provocar perda de memória e diminuição da concentração em alguns pacientes. Uma pequena parte de pessoas tratadas com o medicamento foi afetada, em comparação com o grupo tratado com um placebo. Investigadores do “Brigham and Women´s Hospital”, em Boston, em colaboração com mais duas universidades, submeteram pacientes a uma série de testes cognitivos para avaliar, nomeadamente, a concentração e a memória após seis, 12 e 24 meses de tratamento. «Depois de um tempo médio de tratamento de 19 meses, os nossos dados não revelaram mudanças notáveis na memória e nas funções cognitivas» entre o grupo tratado com o medicamento e o placebo, disse Robert Giugliano, um cardiologista do hospital de Boston e um dos autores do estudo, na conferência anual do Colégio Americano de Cardiologia, este fim de semana em Washington. Estes resultados, acrescentou, devem tranquilizar médicos e pacientes. Os resultados completos e finais do estudo devem ser publicados nos próximos meses numa revista médica. O novo medicamento apresenta bons resultados e foi aprovado pela Agência Americana do Medicamento mas é muito caro, com custos superiores a 13 mil euros por ano. |