17 de maio de 2018 Mais de um terço dos portugueses sofre de hipertensão, uma doença que afeta mais os homens do que as mulheres, segundo os resultados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), este inquérito analisou a tensão arterial dos portugueses e concluiu que 2,4 milhões de portugueses têm hipertensão, cujo Dia Mundial é hoje assinalado. No estudo, além da medição da tensão arterial, foi considerada a toma de medicamentos para a hipertensão nas duas semanas anteriores à entrevista. O INSEF estudou 4.911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais «sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário» e 11,2% desempregados. A hipertensão é mais frequente nos homens, atingindo quase 40% da população masculina e 32% das mulheres portuguesas. A prevalência da hipertensão é mais elevada (62,6%) na população com «nenhuma escolaridade ou com o primeiro ciclo», enquanto na população com «ensino superior» 15,5% sofrem de hipertensão. Relativamente à ocupação profissional cerca de 65% dos reformados, domésticos ou estudantes têm hipertensão, enquanto a taxa de hipertensos desempregados ronda os 30% e a dos empregados se fixa nos 24,7 por cento. De acordo com os dados do INSEF, citados pela Lusa, mais de 70% da população acima dos 65 anos têm hipertensão e entre os 25 e os 34 anos cerca de 6% são hipertensos. Segundo a Sociedade Portuguesa de Hipertensão os doentes com hipertensão têm um maior risco de morte ou desenvolvimento de determinadas doenças como a insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfarte do miocárdio, insuficiência renal ou perda gradual da visão. No âmbito da celebração do Dia Mundial da Hipertensão, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão escolheu Almada para «capital nacional das comemorações» com a realização de vários rastreios e atividades para a população. |