19 de dezembro de 2018 Alguns jovens a frequentar a universidade admitem deitar-se com fome, por falta de comida em casa, avança o estudo “A Saúde dos Adolescentes Portugueses” integrado na investigação “Health Behaviour in School-Aged Children”, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Seja por dificuldades económicas ou mesmo por falta de preparação para a gestão doméstica, os números que o estudo revela fazem pensar na saúde e nutrição dos nossos jovens. Numa percentagem total de 11%, 7,2% dos estudantes declararam que às vezes ou frequentemente se deitam com fome e 3,8% dizem que isso sucede sempre. Estes números, referentes a 2018, são bastante superiores quando comparados com os dados do último (2014). Em declarações ao jornal “Público”, a coordenadora do estudo, Margarida Gaspar de Matos, doutorada em Motricidade Humana pelo IMHT-UNL, lembra que «as pessoas deixaram entretanto de beneficiar dos incentivos alimentares que as escolas davam [nos piores anos da crise] a todos os miúdos, para integrar discretamente os que tinham fome e que o escondiam, até que desmaiavam nas aulas de educação física, por exemplo». Ainda assim, a mesma investigação que congrega dados de 44 países revela que os hábitos alimentares dos estudantes portugueses têm nota positiva em relação aos restantes, nomeadamente na ingestão de fruta e na regularidade na toma do pequeno-almoço. |