Foi publicado no “BMJ Journals”, um estudo de várias instituições portuguesas, denominado por “Innovative equipment to monitor and control salt usage when cooking at home: iMC SALT research protocol for a randomised controlled trial”.
Este estudo tem como investigadora principal Carla Gonçalves, e conta com a participação de Tânia Silva-Santos, Sandra Abreu, Patrícia Padrão, Pedro Graça, Luís Oliveira, Sílvia Esteves, Pedro Norton, Pedro Moreira e Olívia Pinho.
Esta pesquisa tem como base a preocupação existente pelo consumo excessivo de sal. A maior parte do sal consumido é proveniente dos que são adicionados ao cozinhar. O estudo pretende “aprimorar o conhecimento sobre a eficácia das intervenções para reduzir o consumo de sal entre os consumidores”.
Para isso, foi realizado um ensaio clínico randomizado, onde avaliaram a eficácia do “Salt Control H, um equipamento protótipo inovador para monitorar e controlar o uso de sal durante o cozimento – entre trabalhadores de uma universidade pública, com o objetivo de reduzir o sal na dieta”, explica o estudo.
Foram selecionados aleatoriamente 260 trabalhadores, de acordo com os “critérios de elegibilidade”, “matriculados em uma consulta de saúde ocupacional” e foram divididos em “dos dois ramos do estudo (controle ou intervenção), com características basais correspondentes (sexo e hipertensão)”.
A intervenção durou 8 semanas, “durante as quais os participantes usarão o equipamento em casa para monitorar e controlar o uso de sal durante o cozimento. O principal resultado será a excreção urinária de sódio por 24 horas no início do estudo, na quarta e na oitava semana de intervenção”, indica o estudo publicado.
Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Hospitalar Universitário São João.
“Os resultados da investigação serão publicados em artigos científicos revisados por pares e apresentados em conferências internacionais”, indica o artigo publicado, acrescentando que “os esultados do teste estarão disponíveis em 2021”.
Foram várias as instituições participantes. Entre elas contam-se quatro departamentos da Universidade do Porto: a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, o CIAFEL – Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer, o UP EPIUnit – Instituto de Saúde Pública, e Lo AQV / REQUIMTE – Laboratório de Bromatologia e Hidrologia do Departamento de Ciências Químicas. Para além destes, participou ainda o CITAB – Centro de Pesquisa e Tecnologia em Ciências Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a ULP – Faculdade de Psicologia, Educação e Desporto da Universidade Lusófona, o INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e o Departamento de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar Universitário São João.
Pode consultar o estudo aqui.