Estudo indica que comer peixe diminui risco de cancro nos intestinos 1583

Um estudo realizado por cientistas da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), e publicado na revista Clinical Gastroenteology and Hepatology, foi realizado com o objetivo de perceber se o consumo de peixe está relacionado com o aparecimento de doenças ao nível dos intestinos. Os resultados demonstraram uma redução do risco da doença na ordem dos 12%.

Este estudo foi realizado ao longo de 15 anos, a 476.160 pessoas de toda a Europa e o intuito era perceber a relação entre o consumo de peixe e o aparecimento de tumores malignos nos intestinos.

“As razões biológicas pelas quais o consumo de peixe potencialmente reduz o risco não são totalmente compreendidas, mas uma das teorias inclui ácidos gordos específicos, como o ómega 3, encontrados quase exclusivamente em peixes, sendo responsáveis pelo efeito protetor através de propriedades anti-inflamatórias”, explicou Anna Diaz Font, investigadora na agência.

Depois de já se ter comprovado os beneficios do ómega-3, para a prevenção de doenças cardíacas e para a proteção contra a degeneração cerebral, agora vem-se comprovar a sua importância também na diminuição do risco de cancro nos intestinos.

Segundo dados do Observatório do Mercado Europeu da Pesca e da Aquicultura do ano 2018, Portugal é o país com maior consumo de peixe fresco per capita da União Europeia.