Estudo: Fezes das crianças têm dez vezes mais microplásticos em relação às dos adultos 1250

De acordo com um estudo, publicado na revista científica ACS Publications, as quantidades de microplásticos encontradas nas fezes das crianças são dez vezes superiores às registadas nas faixas etárias mais velhas.

Uma equipa de cientistas, pertencente à Universidade de Nova Iorque, teve como objetivo medir os níveis de microplásticos compostos de policarbonato (PC) e de polietileno tereftalato (PET). Estes investigadores identificaram, pelo menos, um destes tipos de plásticos em todas as amostras recolhidas. Porém, os microplásticos de polietileno e tereftalo foram dez vezes superiores nas amostras de crianças, quando comparadas com aquelas que foram recolhidas dos adultos. Nos microplásticos de policarbonato, não foram detetadas diferenças significativas.

Segundo os investigadores, estes resultados devem-se ao facto de as crianças serem expostas a maiores quantidades de microplásticos, especialmente porque colocam os biberões, brinquedos e chupetas na boca.

Além disso, os especialistas explicam também que os bebés têm o hábito de mastigar objetos de plástico, sobretudo quando começam a crescer os dentes.

Embora não se saiba ao certo qual é o impacto dos microplásticos na saúde humana, os autores apontam para estudos que indicam que os pequenos resíduos de plástico podem atravessar as membranas celulares e entrar na circulação sanguínea das crianças.

Há um ano, um outro estudo, publicado pela revista científica – Nature Food -, concluiu que as crianças podem estar a ingerir milhões de microplásticos por dia, através da utilização do biberão. Ainda assim, a prática de ferver os biberões em água antes de se preparar o leite continua a ser recomendada. Contudo, segundo os investigadores, tratando-se de recipientes de plástico, este processo gera “milhões de micoplásticos”, que posteriormente são ingeridos pelas crianças.

Para consultar mais informações sobre o estudo, clique aqui.