Um estudo, publicado na revista médica BMJ, associa dietas ricas em carne com os sintomas de asma infantil.
O trabalho denominado por “Increased advanced glycation end product and meat consumption is associated with childhood wheeze: analysis of the National Health and Nutrition Examination Survey“, é da autoria de Jing Gennie Wang, Bian Liu, Francesca Kroll, Corrine Hanson, Alfin Vicencio, Steven Coca, Jaime Uribarri e Sonali Bose.
O estudo analisou 4.388 crianças do National Health and Nutrition Examination Survey, entre 2003 a 2006.
Foi usada a regressão logística multivariável ajustada para o projeto de pesquisa para avaliar as associações entre o produto final da glicação avançada (AGE) e as frequências de consumo de carne e sintomas respiratórios.
Os AGEs são toxinas perigosas que vêm da cozedura de alimentos a altas temperaturas.
Após a análise dos dados constatou-se que uma maior ingestão de AGE foi associada com uma maior probabilidade de sibilância (OR ajustado 1,18; IC 95% 1,02-1,36), sono interrompido pela sibilância (1,26; IC 95% 1,05-1,51), exercícios (1,34; IC 95% 1,08-1,67) e sibilos com necessidade de prescrição de medicamentos (1,35; IC95% 1,13-1,63).
Já uma maior ingestão de carnes foi associada a sono interrompido (2,32; IC 95% 1,11 a 4,82) e a sibilância com necessidade de prescrição de medicamentos (2,23; IC 95% 1,10 a 4,54).
Os investigadores concluíram então que comer grandes quantidades de carne estava associado com problemas respiratórios em crianças, tais como problemas de sono e respiração ofegante exigindo medicação prescrita.
Pode consultar o estudo aqui.