Estudo: Dieta vegan menos eficiente no longo prazo 1110

05 de agosto de 2016

A dieta vegan afinal não é tão amiga do ambiente como se possa pensar e isso deve-se à utilização dos terrenos agrícolas que essa forma de alimentação implica, indica o “Observador”, com base num estudo publicado na revista “Elementa”. 

 

De acordo com o estudo, os investigadores recorreram a modelos de simulação biofísica para comparar as formas de desgaste e utilização de terrenos agrícolas associados a dez tipos de dietas: dieta vegan, duas dietas vegetarianas (uma que incluía produtos lácteos, a outra produtos lácteos e ovos), quatro dietas omnívoras (com diferentes níveis de consumo de carne), uma baixa em gorduras e açúcares, e uma semelhante ao padrão alimentar norte-americano recente (que inclui o consumo elevado de produtos de origem animal e processados).

 

Uma das conclusões dos investigadores, da equipa liderada por Christian Peters, foi que comer menos animais permite que os terrenos agrícolas disponíveis alimentem mais pessoas. No entanto, eliminar por completo os produtos de origem animal não é a melhor maneira de maximizar o uso sustentável da terra.

 

Partindo do princípio que existem diferentes tipos de terras – para cultivo perene e/ou sazonal dos vários alimentos e para pastagem (muitas vezes inadequadas para o cultivo, mas ótimas para alimentar os animais) – a investigação conclui que as cinco dietas com mais carne utilizam todos os terrenos de pastagens e terras de cultivo (perene e sazonal). As cinco dietas com menos carne (ou nenhuma) variam na utilização das terras. A dieta vegan destacou-se nos resultados por ser a única que não recorre à utilização de forma plena das terras de cultivo perene. Ou seja, a dieta vegan seria menos eficiente a alimentar um grande número de pessoas porque implica menos produção de alimentos.