De acordo com um estudo, publicado em fevereiro pela Harvard Health Publishing, a dieta mediterrânica pode ajudar a combater doenças crónicas, e inclusivamente alterar as bactérias intestinais.
Este estudo comparou o microbioma intestinal de cerca de 600 adultos, entre os 65 e 79 anos, que seguiam uma dieta mediterrânica com adultos que seguiam uma dieta regular.
O objetivo era perceber se esta dieta podia impactar em taxas mais baixas o cancro de intestino, a doença hepática gordurosa e outras doenças, e perceber se essas taxas mais baixas de doença poderiam resultar de alterações no microbioma intestinal.
Constatou-se que as pessoas que seguem a dieta mediterrânica têm índices de inflamação mais reduzida. Além disso, o microbioma intestinal voltou a registar um perfil menos saudável após uma interrupção da dieta mediterrânica.
O estudo sugere que os efeitos benéficos à saúde e associados à dieta mediterrânica podem dever-se, em parte, a alterações no microbioma intestinal.
Lembrar que a dieta mediterrânica é caracterizada por um consumo elevado de alimentos de origem vegetal; de produtos frescos, pouco processados e locais, com respeito pela sazonalidade; do consumo frequente de peixe; do baixo consumo de carnes vermelhas; do consumo baixo a moderado de lacticínios e a da utilização do azeite como principal gordura.