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08 de agosto 2016
Um estudo, encomendado pela União Africa (UA) em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM), em vários países africanos conclui que a desnutrição não é apenas um problema de saúde pública, constituindo igualmente uma pesada desvantagem económica.
«Precisamos quantificar em termos financeiros o problema da fome em África», explicou Vera Boohene, coordenadora do PAM para o Gana, um dos países onde o estudo foi realizado, citada pela agência “Lusa”. De acordo com a mesma fonte, no Gana o custo da fome foi estimado em 2,6 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) por ano, o que representa 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país. Embora os casos de desnutrição tenham diminuído nos últimos anos no Gana, o PAM estima que nas províncias do norte um terço das crianças sofre de má nutrição.
O estudo, no âmbito da Agenda 2063 da UA, um plano de ação para 50 anos «para construir uma África próspera e unida», incluiu também o Burkina Faso, Madagáscar e Malaui. No Gana, foi realizado durante dois anos, de 2013 a 2015.
Além do setor da saúde, diretamente afetado pela desnutrição, o estudo intitulado “O custo da fome em África” sublinha que as consequências estendem-se a várias gerações, ao diminuírem a produtividade no setor agrícola ou junto das crianças que não prosseguem estudos. |
