Estudo defende que reutilização é a alternativa ao plástico descartável 1195

Segundo o relatório “The Reusable solutions: How governments can help stop single-use plastic pollution”, da responsabilidade “Break Free From Plastic Europe” e “Rethink Plastic Aliance” (aliança de organizações não governamentais europeias), a alternativa aos produtos de plástico descartáveis é a reutilização dos mesmos.

Este documento garante que a reutilização é a verdadeira alternativa ao plástico descartável e que pode ser aplicada a todos os utensílios e embalagens descartáveis. Até agora a solução foi a substituição de um produto descartável por outro da mesma natureza.

O relatório dá vários exemplos de reutilização.

Na Alemanha há o copo “ReCup”, que é usado em cerca de três mil estabelecimentos em mais de 450 cidades. É pago um depósito pelo copo que é devolvido mediante entrega num dos estabelecimentos da rede.

Em Bruxelas existe a iniciativa “Tiffin”, embalagens reutilizáveis em metal para take away, que permite evitar cerca de 1.500 quilos de resíduos de embalagens, por ano.

Também na Alemanha, cerca de 99% das garrafas de bebidas de vidro são devolvidas para reutilização.

Todas estas são iniciativas que privilegiam a reutilização e que têm um impacto positivo precisam de ser apoiadas com políticas públicas.

A Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, através de comunicado refere este relatório e aproveita para defender a promoção de “soluções reutilizáveis permitirá a Portugal reduzir de forma significativa a poluição resultante da utilização do descartável, reduzirá os custos dos municípios com a limpeza do espaço público e promoverá o emprego local”.

A Associação portuguesa propõe também que se legisle no sentido de tornar obrigatória a utilização de utensílios reutilizáveis nos restaurantes, sempre que o consumo seja feito no local, estabelecendo-se como objetivo a redução do consumo de copos e recipientes para comida descartáveis de 50% até 2025 e 80% até 2030.

A Zero sugere ainda que sejam introduzidos sistemas de depósitos para embalagens e utensílios reutilizáveis, que se comecem a taxar soluções descartáveis, e que os descartáveis sujeitos a restrições não sejam substituídos por outros descartáveis mas sim substituir por outra opção, tal como o bambu.