Estudo: Covid-19 com impacto na “segurança alimentar e nutricional” das pessoas 785

De acordo com um estudo, publicado na revista científica – Nature Food -, o novo coronavírus tem vindo a afetar a “segurança alimentar e nutricional dos cidadãos”, devido à crise económica e social e às lacunas na cobertura de serviços de saúde e nutrição.

O vírus SARS-CoV-2, e as respetivas variantes, têm vindo a acentuar os “desafios nutricionais nos países de baixa rendimento”, já que os efeitos da pandemia têm sido avassaladores nos “grupos mais vulneráveis”, como as crianças e os idosos.

Em 2019, cerca de 690 milhões de pessoas estiveram subnutridas, dois mil milhões de cidadãos estiveram em situação de insegurança alimentar e três mil milhões não conseguiram suportar os custos de uma alimentação saudável.

Além disso, 144 milhões de crianças, com menos de cinco anos de idade, sofrem de baixa estatura, 38 milhões têm pouco peso e, pelo menos, 340 milhões de crianças têm falta de micronutrientes.

Os autores sugeriram que, até 2022, a recessão económica e a covid-19 podem provocar um aumento de 9,3 milhões de crianças em situação de desnutrição, de 2,6 milhões com atrofia e de 168 mil casos de morte.

O Banco Mundial estima que a atual situação pandémica possa levar a um aumento de 83 a 132 milhões de adultos desnutridos. De igual modo, prevê que possa ocorrer um acréscimo de 88 a 115 de pessoas em situação de pobreza extrema.

Os investigadores concluíram que cerca de 45 países necessitaram de ajuda alimentar externa entre abril e dezembro de 2020. A insegurança alimentar aguda tem aumentado, de forma drástica, nos países que atravessam instabilidades políticas, económicas e sociais.

Tendo em conta os efeitos da covid-19, a Organização Internacional do Trabalho estima que foram perdidos mais de 345 milhões de postos de trabalho no terceiro trimestre de 2020. Além disso, a Organização Internacional do Trabalho também prevê uma quebra de 14% do Produto Interno Bruto global para 2021.

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