De acordo com um estudo da Escola de Medicina da Universidade do Minho, publicado na revista Molecular Psychiatry, o consumo de café pode melhorar o controlo motor e aumentar os níveis de atenção das pessoas.
Os autores desta investigação descobriram que o consumo de café tem benefícios ao nível da aprendizagem e memória nos cidadãos que bebem regularmente café.
A pesquisa foi liderada pelo investigador do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), Nuno Sousa, e contou com a participação dos seguintes autores: Ricardo Magalhães, Maria Picó-Pérez, Madalena Esteves, Rita Vieira, Teresa Castanho, Liliana Amorim, Mafalda Sousa, Ana Coelho, Henrique Fernandes, Joana Cabral e Pedro Moreira.
Os autores concluíram que o cérebro de quem bebe café com regularidade tem “um reduzido grau de conectividade em duas áreas do cérebro” – conhecidas como precuneus direito e insular direito -, o que melhora o controlo motor e os níveis de concentração dos indivíduos.
Na avaliação de neuroimagem, o grupo de investigadores demonstrou que o consumo de café tem um impacto na conectividade funcional do cérebro em repouso, com implicações na emocionalidade, alerta e reação ao estímulo externo.
A investigação encontrou “padrões de maior eficiência noutras áreas do cérebro, como o cerebelo”, que se traduzem em melhorias ao nível do controlo motor e da aprendizagem e capacidade de memória dos indivíduos.
Depois de beberem uma chávena de café, também foram observadas diferenças no cérebro das pessoas que não bebem esta bebida de forma regular. Para os investigadores, trata-se de um “indicador surpreendente”, já que o café pode ter a capacidade de impor mudanças cerebrais num curto espaço de tempo.
Os cientistas recorreram à ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla inglesa) para comparar a estrutura e conectividade no cérebro de um grupo de pessoas que bebe café diariamente com a de um grupo de pessoas que não bebe café.
A pesquisa foi apoiada pelo Institute for Scientific Information on Coffee.
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