Estudo: consumo de alimentos e transtornos depressivos podem estar relacionados 856

De acordo com um artigo, publicado na Food&Nutrition, há evidências de que a depressão ou transtorno depressivo pode ser influenciada pela dieta alimentar.

Os sintomas depressivos podem incluir falta de motivação, fadiga, tristeza, sentimentos de inutilidade ou culpa. A depressão é habitualmente tratada com medicamentos antidepressivos ou psicoterapia, ainda que alguns estudos mostrem que a atividade física e o apoio social também podem ser úteis.

Alguns dos estudos, citados pela Food&Nutrition, revelaram que o consumo de alimentos ultra processados, como os lacticínios com alto teor de gordura, alimentos fritos ou refrigerantes, aumentam o risco de depressão.

Numa pesquisa, que envolveu cerca de 139 crianças e adolescentes com um transtorno depressivo grave, os cientistas descobriram que aqueles que possuem um distúrbio consomem alimentos menos saudáveis do que aqueles que não têm nenhuma perturbação.

Os autores revelaram a existência de uma influência mútua entre a alimentação e o transtorno depressivo grave. Isto é, os investigadores concluíram que é possível que a depressão possa levar ao consumo de alimentos pouco saudáveis, mas também é provável que alguns hábitos alimentares possam levar a mais sintomas depressivos.

Os padrões alimentares, com um regime alimentar vegetariano, mediterrânico, japonês ou nórdica, tiveram melhores resultados. Os participantes que seguiram um regime alimentar vegetariano tiveram menor incidência de transtornos depressivos do que aqueles que não são vegetarianos.

As investigações sugerem que uma dieta saudável pode ter benefícios na saúde, como a melhoria da circulação sanguínea, níveis mais baixos de colesterol, menos stress ou regulação da flora intestinal.  

Certos nutrientes, como o magnésio, zinco, ómega-3 e as vitaminas B e D, são sugeridos por alguns investigadores como essenciais para reduzir os sintomas depressivos. Ainda assim, os autores dos estudos revelam que são necessários mais dados para avaliar a eficácia destes nutrientes no tratamento dos transtornos depressivos.

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