De acordo com um estudo de investigadores da Universidade de McMaster, publicado na revista académica “British Medical Journal”, as restrições alimentares das 14 dietas mais populares do mundo, acabam por ter os mesmos efeitos no corpo, e os seus benefícios não duram mais de um ano.
A investigação partiu de uma amostra com 22 mil pacientes com obesidade ou excesso de peso, maiores de 18 anos, que tiveram de seguir as 14 dietas mais populares.
Ao fim de seis meses, a perda de peso média foi de quatro quilos e meio, fosse qual fosse a dieta escolhida.
Neste período, a população da amostra teve claras melhorias na pressão sanguínea e nos níveis de colesterol.
Contudo, para os investigadores, o grande problema foi que a amostra não conseguiu manter as restrições alimentares por muito tempo e os benefícios desapareceram ao fim de 12 meses.
De acordo com Gordon Guyatt, o autor principal do estudo e investigador da Universidade de McMaster, no Canadá, nem tudo são coisas más.
“O nosso trabalho reflete duas coisas boas e importantes. A primeira é que estas dietas reduzem o risco de doenças cardiovasculares e a segunda é que funcionam para perder peso”, indicou.
Apesar dos resultados apresentados, o investigador aproveitou para esclarecer que as dietas altamente restritivas são muito difíceis de manter, e que qualquer dieta traz benefícios para a saúde dos pacientes, mesmo que sejam apenas mantidas a curto prazo.
Gordon Guyatt reforça que diz ainda que não há uma “dieta universal” que se pode seguir, nem nenhuma que seja exatamente melhor que as outras. O melhor é cada um escolher a que melhor lhe convém e a que conseguir manter durante o maior período de tempo possível ou até mesmo para sempre.
Pode consultar o estudo aqui.