Investigadores do Instituto de Saúde da Universidade do Porto (ISPUP) realizaram um estudo com o intuito de compreender “qual a importância da exposição a espaços verdes e azuis no desenvolvimento cognitivo das crianças” aos 10 anos.
Após a análise a 3.827 crianças, residentes na Área Metropolitana do Porto e que participam na coorte Geração XXI, do ISPUP, os investigadores concluíram que as que vivem mais próximas de espaços verdes apresentam um “melhor desempenho cognitivo”.
Os investigadores analisaram a “densidade de vegetação”, através de imagens de satélite, bem como a distância a pé da residência e da escola das crianças aos espaços verdes urbanos e espaços azuis. Mediram o quociente de inteligência (QI), usando o índice de inteligência Wechsler, e concluíram que “as crianças que viviam a uma distância de até 800 metros de espaços verdes públicos, como parques e jardins, apresentaram um maior QI aos 10 anos”.
Para o ISPUP, este estudo veio “reforçar a importância dos espaços verdes no desenvolvimento cognitivo das crianças”.
“Seria importante que, em termos de planeamento urbano, se considerasse melhor a disponibilidade de espaços verdes, sobretudo perto das áreas residenciais, pois beneficiaria a inteligência das crianças e se refletiria em adultos mais saudáveis e competentes”, indica a UP, no seu portal.
O estudo, denominado “Residential and school green and blue spaces and intelligence in children: The Generation XXI birth cohor”, foi desenvolvido ao abrigo do projeto EXALAR XXI, financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Foi entretanto publicado na revista Science of the Total Environment.
Consulte o estudo aqui.