07 de Outubro de 2016 Alimentar os bebés prematuros exclusivamente com leite materno traria uma poupança de mil euros por criança ao longo do seu desenvolvimento, o que em Portugal equivalia a uma redução de custos na ordem dos oito milhões de euros anuais. Segundo um estudo britânico do consórcio York Health Economics, da Universidade de York, a poupança de cerca de mil euros por cada criança foi estimada tendo em conta o período que o bebé prematuro permanece nos cuidados intensivos e também a redução de doenças a longo prazo e complicações após a alta hospitalar. Segundo a “Lusa”, os investigadores desenvolveram um modelo para calcular o valor económico resultante da redução da incidência, severidade e risco de ter determinadas doenças e complicações em recém-nascidos prematuros alimentados exclusivamente com leite materno, face aos que são alimentados com leite de fórmula. De toda a poupança estimada, quase 65% (670 euros) aplica-se ao período de internamento em cuidados intensivos neonatais e os restantes 35% estão ligados à redução de doenças a longo prazo. O estudo, que foi promovido em conjunto com uma empresa de produtos e investigação em aleitamento materno, teve o sistema de saúde britânico como modelo, mas supôs que as poupanças seriam similares em economias comparáveis, como a portuguesa. Vários estudos internacionais têm demonstrado que o leite materno em exclusivo aos bebés pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez) reduz o risco de desenvolverem várias doenças. Esta análise da Universidade de York centra-se na enterocolite necrosante, a doença digestiva mais frequente e grave no período neonatal, na sepsis, na síndrome de morte súbita do bebé, na leucemia infantil e noutras doenças crónicas e infecciosas. Portugal assinala na primeira semana de outubro a Semana Mundial do Aleitamento Materno. |