11 de Fevereiro de 2016 As pessoas com hipertensão arterial não encaram esta patologia como «uma verdadeira doença». Muitas acreditam tratar-se de um resultado do «envelhecimento e dos excessos que se acumularam no corpo, consequentes da própria vida», conclui um estudo desenvolvido por uma professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC). A investigadora, Beatriz de Oliveira Xavier, constatou, ainda, que estes doentes recorrem à consulta de hipertensão arterial com o intuito de «ir buscar receitas», ou de «mostrar resultados de exames». «Os doentes manifestam forte desagrado face ao consumo de fármacos», revelou também a autora da investigação, no entanto frisou que «há uma enorme confiança na toma do comprimido como sendo essencial e o necessário para ter a hipertensão arterial controlada». O mesmo não se verifica em relação ao cumprimento de dietas alimentares e da prática de exercício físico, cuja não implementação na vida destes doentes é justificada pela «dificuldade de conciliação com a atividade profissional, com a falta de tempo e com a vida familiar»m citou o “Notícias de Coimbra”. De acordo com a Direção-Geral da Saúde (documento “A saúde dos portugueses. Perspetiva 2015”), estudos recentes indicam que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta permanece alta: afeta cerca de 42% dos portugueses (44% em homens e 40% em mulheres). |