A equipa de arqueologia das Ruínas Romanas de Tróia, do Tróia Resort, e o restaurante Can the Can juntaram-se, pela primeira vez em mais de quinze séculos, para a produção de garum num dos tanques de salga de peixe deste complexo arqueológico, reconhecido como o maior centro industrial de salgas de peixe do Império Romano.
A designação de garum é normalmente utilizada para definir molhos de peixe líquidos que servem para condimentar outros alimentos, tal como o garum de época romana.
A produção do garum de sardinha num dos tanques das Ruínas Romanas de Tróia tem inicio marcado para dia 26 de Maio, e será feito com 400 kg de sardinha fresca de Setúbal e sal produzido no vale do Sado.
A produção resultante de Garum (prevista entre os 200 e os 300 litros) será posteriormente comercializada.
Este projeto enquadra-se no projeto Selo de Mar do Can the Can, conduzido pelo designer e investigador Victor Vicente e o chef Pedro Almeida, que pretende recuperar as técnicas de conservação de pescado e inovar a partir da tradição.
A iniciativa conta ainda com a participação das investigadoras na área alimentar Marisa Santos, Catarina Prista e Anabela Raymundo, do Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente e Paisagem do Instituto Superior de Agronomia, e da zooarqueóloga Sónia Gabriel e da palinóloga Patrícia Mendes, ambas do Laboratório de Arqueociências da Direção Geral do Património Cultural.