06 de Setembro de 2016 Doces, bebidas açucaradas e outros alimentos ricos em açúcar continuam a estar disponíveis nas máquinas de venda automática de algumas escolas portuguesas, embora a Direção-Geral da Educação (DGE) tenha publicado regras muito específicas sobre alimentação nos estabelecimentos de ensino. Um estudo feito pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade, em 2015, que avaliou quase 20 escolas do concelho, concluiu que 80% dos estabelecimentos ainda estavam a oferecer produtos não recomendados e apenas metade oferecia fruta. À DGS também chegam algumas denúncias realizadas pelos pais, uma situação «pontual», confirmada por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. Ao “DN”, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, defende que este é um cenário pouco comum. «Ainda se veem alimentos e bebidas que não devem ser comercializados em algumas escolas públicas portuguesas, mas é cada vez menos usual». O dirigente denuncia ainda que há casos em que os alunos, não encontrando esse tipo de produtos na escola, conseguem comprá-los a escassos metros do estabelecimento. «Do outro lado da rua há cafés a vender esses alimentos, que os alunos levam para a escola», explicou Filinto Lima. Para o presidente da ANDAEP, as escolas devem «sensibilizar os alunos e as famílias, que também dão às crianças em casa aquilo que as escolas estão proibidas de vender». |