ERS suspende licença de clínica de tratamentos com injeções de vitaminas 1012


17 de julho de 2017

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) suspendeu a licença de funcionamento de uma clínica em Lisboa que vendia tratamentos com injeções de vitaminas e nutrientes e que a Ordem dos Médicos tinha pedido para ser investigada.

A informação foi divulgada no site da Ordem dos Médicos e confirmada hoje à agência “Lusa” por fonte oficial da ERS.

As ordens dos Médicos, dos Enfermeiros e também dos Farmacêuticos requereram ao regulador que fosse efetuada uma inspeção à Reviv Lisbon, apresentada como uma clínica que fazia tratamentos com soro e injeções com misturas de vitaminas, nutrientes, aminoácidos e até medicamentos.

Os pedidos de uma intervenção inspetiva surgiram em maio e, no dia em que a inspeção à Reviv Lisbon estava agendada, o estabelecimento encontrava-se fechado e a clínica não reabriu desde então, segundo confirmou à agência “Lusa” fonte oficial da ERS.

Entretanto, o regulador suspendeu a licença de funcionamento do estabelecimento e, caso a empresa pretenda reabrir, terá de submeter um novo pedido e sujeitar-se a uma vistoria prévia.

A Reviv Lisbon obteve, no dia 2 de fevereiro deste ano, a sua licença para atuar na área da «medicina geral e familiar», com autorização para exercer a atividade como «centro de enfermagem» e «clínica ou consultório médico».

A clínica prometia no seu site vários serviços: «A gama de tratamentos de bem-estar inclui intravenosas (IVs), como Hydromax, para repor a hidratação, Ultraviv, para ajudar na recuperação da ressaca e de doenças, Megaboost, para proporcionar vitaminas, Vitaglow, para refrescar o aspeto da pele, e Royal Flush, para uma desintoxicação deluxe do organismo».

A Reviv dizia ainda ter tratamentos com injeções de vitaminas e nutrientes à escolha para vários fins, como «perda de peso natural» ou para revigorar a condição física.

A Ordem dos Médicos considerou que alguma da informação existente no site da empresa correspondia a uma situação de «publicidade enganosa».