10 de janeiro de 2017 O combate ao excesso de peso deve assentar mais em «evidências científicas» do que nas promessas «de charlatões», defendeu hoje a presidente da Sociedade para o Estudo da Obesidade. A endocrinologista portuguesa Paula Freitas considerou que as pessoas se devem afastar de «produtos miraculosos que constantemente chegam em anúncios na televisão ou pela internet». Perder peso «faz parte de um processo» que começa na educação para os riscos do que é «um problema grave em Portugal» e «não é olhado como doença», considerou. Segundo dados do Eurostat divulgados em outubro passado, mais de metade da população adulta portuguesa tem excesso de peso, uma condição que «tem vindo a aumentar nas mulheres», assinalou Paula Freitas. Nas estatísticas, relativas a 2014, identificou-se que 16,6% dos portugueses são obesos, uma prevalência que atinge 15,3% nos homens e 17,8% nas mulheres. «A obesidade é uma doença complexa, depende de vários fatores» e o seu aumento não depende de fatores genéticos, «que não mudaram», mas sim de «fatores ambiente», apontou. O diagnóstico da obesidade conta com o índice de massa corporal, calculado a partir do peso e da altura. Segundo a Organização Mundial de Saúde, um índice superior ou igual a 25 significa excesso de peso e a partir dos 30 é considerado obesidade. |