05 de março de 2018 As autoridades da África do Sul anunciaram ontem terem identificado a causa da epidemia de listeriose que há um ano assola o país e que já provocou pelo menos 180 mortes, responsabilizando uma empresa alimentar no nordeste do país. Dados do Instituto Nacional de Doenças Contagiosas sul-africano indicam que, desde janeiro de 2017, foram registados perto de 950 casos, o que torna a epidemia a maior jamais registada em todo o mundo. Hoje, num comunicado, o ministro da Saúde sul-africano, Aaron Motsoaledi, garantiu que o Governo conseguiu «finalmente» encontrar a origem da epidemia. «Podemos confirmar que a fonte da epidemia é uma unidade de produção alimentar, pertencente à empresa Enterprise, situada em Polokwane», no nordeste da África do Sul, lê-se no comunicado, citado pela “Lusa”. Os produtos dessa unidade de produção alimentar vão sair imediatamente do mercado sul-africano, garantiu o ministro, aconselhando a população a evitar o consumo das embalagens que contêm carne pré-cozinhada. Contactada por vários órgãos de comunicação social sul-africanos, a Enterprise ainda não divulgou qualquer informação. A doença é infecciosa e é transmitida com maior frequência aos seres humanos através de alimentos contaminados. A listeriose é uma infeção bacteriana provocada pelo bacilo listeria monocytogenes e figura entre as zoonoses – doenças transmitidas de animais para humanos – mais perigosas. Geralmente, causa febre, vómitos e diarreia e é tratada com antibióticos. Os indivíduos mais suscetíveis, como idosos, recém-nascidos, mulheres grávidas ou pacientes com sistema imunitário enfraquecido, estão mais expostos às complicações, incluindo a meningites e septicemias. |