O estudo de monitorização da implementação do despacho n.º 8127/2021 que determina a oferta alimentar em meio escolar revela que 90% das ementas escolares da rede pública de ensino já não contam com um conjunto de alimentos pouco saudáveis, como refrigerantes, bolachas ou snacks doces e salgados.
Desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Direção-Geral da Educação (DGE), este estudo procurou monitorizar a implementação da legislação sobre a oferta alimentar em 405 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, em particular nos bufetes e nas máquinas de venda automática.
Entre os dias 5 de maio e 15 de julho de 2022, através de um questionário online enviado aos Coordenadores de Educação para a Saúde dos estabelecimentos de educação e de ensino da rede pública do Ministério da Educação, foi possível determinar o sucesso do despacho na redução das opções alimentares pouco saudáveis para os estudantes. A maioria dos estabelecimentos analisados (41%) pertence à região Norte.
No grupo de géneros alimentícios a não disponibilizar, é possível visualizar percentagens reduzidas, o que demonstra a sua pouca proporção. Barritas e monodoses de cereais são as que apresentam um número mais elevado (13,1%), com a presença de guloseimas e molhos a ser quase inexistente (ambas com 0,3%).
Em sentido contrário, 97,5% dos bufetes das instituições analisadas disponibilizam pão preferencialmente de mistura com farinha integral e com menos de 1 g de sal por 100 g de pão e 86,5% dispõem de fruta fresca. No entanto, ainda existe pouca oferta de saladas (26,1%) e de sopas de hortícolas e leguminosas (29,6%).
Relativamente às máquinas de venda automática, as barritas e monodoses de cereais (41,9%), as bolachas e biscoitos (26,6) e os chocolates (10,5%) são os géneros alimentícios a não disponibilizar que mais constam na oferta. Sopas, saladas, fruta fresca, pão, iogurtes e leite apresentam, sem exceção, níveis inferiores a 60%.