A taxa de abstenção para as eleições da Ordem dos Nutricionistas (ON) aumentou em todos os indicadores em relação ao escrutínio de 2019, ao ultrapassar os 55% na votação para escolha da bastonária.
Há quatro anos, Alexandra Bento recandidatava-se para um terceiro mandato na Ordem Profissional que criou e sempre chefiou, vencendo sem qualquer dificuldade Fernando Pichel com uma impressionante percentagem de 66,2% dos votos. Hoje, com mais associados e pela primeira vez um momento eleitoral sem Alexandra Bento – o que poderia dar ao voto um valor diferente e determinante – a abstenção não só subiu como a divisão no setor é clara. Liliana Sousa venceu com 49,4% dos votos, apenas mais 0,9% que a concorrente Bárbara Beleza.
A abstenção para a escolha de Liliana Sousa como bastonária situou-se nos 55,8%, quando em 2019 este valor era de 47,9%. No caso do Conselho Jurisdicional, com vitória da Lista A (Bárbara Beleza), a abstenção ficou-se pelos 55,7%, quando em 2019 este valor seria de 48%. Ou seja, contrariamente ao último momento eleitoral, os Nutricionistas votaram mais no Conselho Jurisdicional do que na bastonária.
Relativamente ao Conselho Geral, órgão dividido a meio entre as duas Listas, a abstenção foi superior em todos os círculos eleitorais, sem exceção. Se em 2019 apenas Lisboa superava a marca dos 50%, desta vez foram quatro as regiões a fazê-lo. Na verdade, a capital volta mesmo a destacar-se pela taxa mais elevada, ao passar de 51,8% para 61,5%. No maior círculo, o do Norte, a abstenção passou de 48,2% em 2019 para 53,1%.
No Centro, sobe de 48,6% para 57,4%, no Alentejo de 47,3% para 59,8%, e no Algarve de 30,2% para 44,4%. Nas ilhas, a Madeira continua a ser a região com a menor taxa de abstenção, subindo contudo de 26,2% para 30,7%. O círculo eleitoral dos Açores registou a diferença menos notória, com a abstenção a crescer de 45,1% para 47,1%.