EFSA divulga estudo sobre o conhecimento do consumidor quanto ao consumo de açúcar 1190

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), publicou os resultados de um estudo sobre o conhecimento e perceção do consumidor relativos ao consumo de açúcar.

O trabalho, denominado por “EU Insights study on consumers and dietary sugars”, é da autoria de Laura Maxim, Mario Mazzocchi, Stephan Van den Broucke, Fabiana Zollo, Matthias Rasche, Paul Ortega, Tobin Robinson, Claire Rogers, Domagoj Vrbos, Giorgia Zamariola, Anthony Smith, da EFSA.

Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento, a perceção do risco relativos ao consumo de açúcar e os seus efeitos na saúde.

Estiveram envolvidos 27 Estados Membros da União Europeia, incluindo a Islândia e a Noruega, através de um inquérito realizado a 7469 consumidores, com idades entre os 18 e os 76 anos.

De acordo com os dados recolhidos, foi possível identificar dois grupos principais: um grupo com “menor conhecimento – baixa perceção do risco” e outro com “maior conhecimento – elevada perceção do risco”.

O grupo do “menor conhecimento – baixa perceção do risco” caracteriza-se por ter mais homens (57,6%), menos participantes com o nível de escolaridade de ensino superior (39,1%) e por ser mais jovem, com idades entre os 26 e os 35 anos (23,3%).

No que respeita a Portugal, os dados indicam que 12% dos participantes pertencem ao grupo que tem “menor conhecimento – baixa perceção do risco”, um valor igual à proporção de participantes com “maior conhecimento – elevada perceção do risco”, que está também nos 12%.

Dados que seguem a mesma tendência da União Europeia.

O estudo mostra que pelo menos 1 em cada 3 inquiridos teve dificuldade em compreender termos relacionados com os açúcares, em particular o termo “açúcares livres”.

Metade dos inquiridos mostrou interesse em comprar produtos alimentares com reduzido teor de açúcar em quase todas as categorias alimentares consideradas: 58% nos sumos de fruta, 55% nos cereais de pequeno-almoço, 54% nos produtos lácteos, 52% nos doces, chocolates, bolos e pastelaria, e 49% nos refrigerantes. Contudo, a aceitação da substituição dos açúcares por edulcorantes foi bastante mais reduzida, variando entre 13% e 19%.

A investigação mostra ainda que a televisão e a internet são os canais mais populares para o acesso a informação na área da alimentação e da nutrição. Já a nivel visual/gráfico, as redes sociais foram considerados como a fonte preferencial de informação por parte dos participantes do grupo com “menor conhecimento – baixa perceção do risco”.

Pode consultar o estudo da EFSA aqui.