Efeitos negativos de comer muitos alimentos enlatados 12498

De acordo com um artigo da revista digital “Eat This, Not That!”, a nutricionista Arielle Kestenbaum alertou para as consequências de uma dieta com muitos alimentos enlatados.

Segundo a nutricionista, os alimentos enlatados são geralmente embalados com excesso de sódio e outros conservantes para aumentar a sua vida útil, o que tem consequências negativas para a saúde, especialmente se a dieta foi predominantemente com este tipo de alimentos.

“O excesso de sódio pode causar efeitos negativos na pressão sanguínea e noutras condições relacionadas com o coração, e também pode levar à retenção de água que pode causar inchaço”, explica Arielle Kestenbaum.

Para além disso, existe a preocupação de que os alimentos enlatados sejam contaminados pelo BPA. Arielle Kestenbaum refere que apesar de não ser comum, cerca de 10% dos alimentos enlatados ainda têm revestimentos que transportam o produto químico e, se ingerido regularmente, pode levar a um aumento da pressão arterial e até aumentar o risco de cancro.

A nutricionista indica ainda que uma dieta que não incorpora alimentos frescos pode causar efeitos adversos à saúde ao longo do tempo. E não é por uma questão nutricional, pois “na maioria das vezes, não há diferença real no valor nutricional de conservas versus frutas e vegetais frescos”, explica Kestenbaum, acrescentando que “o que faz a diferença, no entanto, é o que é adicionado para preservar ou ‘aumentar’ o sabor”. Muitas frutas enlatadas são armazenadas em xaropes, carregados com excesso de açúcar.

Mas se a opção é comer enlatados, Arielle Kestenbaum sugere que após abrirem a lata consumam o alimento o mais rápido possível, pois é quando se abre a lata que os alimentos estão no seu estado mais nutritivo.

“Frutas enlatadas e vegetais tendem a perder parte do seu valor nutricional devido ao calor que sofrem durante o processo de conservas”, explica Kestenbaum. acrescentando que “muitas frutas e legumes enlatados ainda estão cheios de ótimos nutrientes e, portanto, o que for mais acessível pode e deve ser usado”.

A nutricionista termina por indicar que “comer alguma forma de frutas e legumes é melhor do que não comer nada”.