Uma docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) criou uma metodologia para avaliar e melhorar a higiene e segurança alimentar de micro e pequenas empresas de restauração.
Esta ferramenta, denominada por FoodSimplex, “parte de uma avaliação de diagnóstico, à qual se segue uma calendarização de auditorias, plano de controlo analítico e de formação a implementar no restaurante. Nos locais onde já foi aplicada resultou numa melhoria significativa dos indicadores de segurança alimentar”, indica um comunicado divulgado.
Segundo, a nota divulgada, “esta metodologia combina auditorias (técnico-funcionais e de segurança alimentar) e análises microbiológicas (de alimentos, superfícies, utensílios, equipamentos e manipuladores de alimentos), com planos de ação e formação ajustados à realidade de cada restaurante”.
Nos últimos quatro anos, Ana Lúcia Baltazar, a criadora da ferramenta, aplicou a Foodsimplex em restaurantes da zona centro do País.
Nas primeiras avaliações realizadas encontrou problemas estruturais (instalações antigas, equipamentos desatualizados) e unidades onde não existiam circuitos de alimentos, bem como procedimentos que resultavam em práticas de higiene inadequadas, inadequada qualidade da higienização e produção alimentar.
“Após a avaliação das condições técnico funcionais da empresa (1ª fase), foi desenvolvido um plano de melhoria, estipulados circuitos de alimentos ajustados à realidade de cada restaurante, sempre dando formação aos empresários e manipuladores de alimentos (2ª fase)”, indica a investigadora.
Este trabalho resultou numa melhoria estatisticamente significativa, nas avaliações seguintes (3ª e 4ª fase FoodSimplex), em relação à conformidade e segurança alimentar nos parâmetros referenciados.
Ana Lúcia Baltazar termina por indicar que esta “é uma ferramenta dinâmica, que tem de ser atualizada em função das alterações legislativas e que deve ser acompanhada por um profissional, mas a base está criada”.