Kristalina Georgieva, diretora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou esta quinta-feira para a insegurança alimentar que se vive atualmente em diversas nações, o que, juntamente com a inflação, resulta em fome, além de outras sequelas e problemas a nível social e individual.
Numa declaração que surgiu após a aprovação de um plano contra a insegurança alimentar, assinado por várias instituições financeiras a nível mundial e multilateral, a política búlgara não deixa de relembrar que “a invasão da Ucrânia pela Rússia precipitou uma série de consequências económicas e sociais” por todo o planeta.
The international community needs to take fast, well-coordinated action to tackle the looming #FoodInsecurity crisis: maintaining open trade, supporting vulnerable households, ensuring sufficient agricultural supply, providing essential financing. [1/2]
— Kristalina Georgieva (@KGeorgieva) May 18, 2022
Georgieva destaca que as “pressões” sofridas pelos países estão a ocorrer numa altura em que estes já têm as “finanças públicas pressionadas devido à covid-19 e à dívida pública”, destacando ainda os níveis “mais elevados e décadas”. A diretora do FMI avisa ainda que o “rendimento dos agregados familiares mais vulneráveis nos países de baixo e médio rendimento ficam em risco grave de insegurança alimentar”. Assim, conclui que este a história mundial mostra que muitas vezes este tipo de contexto despoleta “violência e agitação social”.
“A comunidade internacional precisa de realizar ações de forma rápida e coordenada para aplacar de forma eficaz a crise alimentar, mantendo o comércio aberto, apoiando as famílias mais vulneráveis, garantindo uma oferta agrícola suficiente e lidando com as pressões de financiamento”, acrescentou Georgieva.
We are working closely with other institutions on concrete ways to help, incl. improving social safety nets to protect vulnerable households from imminent threat of hunger. The IMF will provide:
💠policy advice
💠capacity development
💠financial supporthttps://t.co/UUNijkNEdW— Kristalina Georgieva (@KGeorgieva) May 18, 2022
O documento partilhado foi assinado pelo FMI, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola.
Os objetivos deste plano são seis: apoiar quem está vulnerável, promoção do comércio aberto, mitigar a escassez de fertilizantes, apoiar a produção de alimentos, investir em agricultura tendo em conta a resiliência perante o clima e ainda a aposta na coordenação de esforços.
O plano partilhado pelas instituições financeiras multilaterais apresenta seis grandes objetivos: apoiar as populações vulneráveis, promover o comércio aberto, mitigar a escassez de fertilizantes, apoiar a produção de alimentos, investir em agricultura resiliente ao clima para o futuro, e apostar na coordenação para maximizar o impacto.