04 de novembro de 2018 A diretora-adjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a cabo-verdiana Maria Helena Semedo, apelou, em Lisboa, a um esforço maior na erradicação da fome até 2030, lamentando os últimos dados divulgados pela instituição. «Infelizmente, os últimos dados não são tão promissores», referiu Maria Helena Semedo, em declarações à agência “Lusa”, à margem de uma cerimónia em Lisboa, tendo acrescentado que a «fome continua a aumentar», a nível global. A diretora-adjunta da FAO referiu ainda que é necessário «um esforço maior» no combate à fome, mas também uma integração a nível político e intelectual para que em 2030 «os objetivos [das Nações Unidas] de desenvolvimento duráveis possam ser atingidos» Maria Helena Semedo recebeu, no Auditório Camões, ontem, o grau de Doutora Honoris Causa pela Universidade Aberta, tornando-se na primeira mulher cabo-verdiana a ser agraciada com esta distinção académica. As Nações Unidas consideram que alimentar um planeta faminto é cada vez mais difícil, porque as mudanças climáticas e o esgotamento dos solos e outros recursos estão a enfraquecer os sistemas alimentares. Um relatório da FAO divulgado em 28 novembro diz que são necessárias melhores políticas para alcançar a “fome zero”, acrescentando que o aumento da população exige o fornecimento de alimentos mais nutritivos a preços acessíveis. |