Dieta vegetariana é mais prejudicial ao ambiente 1068

17 de Dezembro de 2015

Um estudo realizado pela universidade norte-americana Carnegie Mellon concluiu que a produção de frutas e vegetais é mais prejudicial ao ambiente do que de outros alimentos, como carne de porco.

A investigação especifica que uma caloria de alface, por exemplo, «é três vezes pior em termos de emissão de gases com efeito de estufa do que [uma caloria de] bacon», lê-se no jornal “Independent”.

Para além da alface, o estudo revela ainda a beringela, o aipo e o pepino como mais prejudiciais ao ambiente do que a carne de porco ou frango.

Até agora, os estudos têm-se centrado na comparação entre o custo ambiental de produzir proteína animal, comparada com o custo da proteína de origem vegetal. O que a Carnegie Mellon fez foi alterar a abordagem, comparando o custo de produção por caloria. Foram medidas as quantidades de energia e água necessárias, bem como a emissão gases com efeito de estufa.

Considerando todo o processo, desde o cultivo ao consumo, passando pelo transporte e armazenamento, uma alimentação baseada apenas nas recomendações das autoridades norte-americanas levaria a um aumento de 38% no uso de energia, de 10% no consumo de água e de 6% na emissão de gases com efeito de estufa, noticia o “JN”. Isto num cenário em que as pessoas comiam menos carne e só consumiam o número recomendado de calorias, diz a revista “Scientific American”. A conclusão é surpreendente, nota o investigador Anthony Froggatt, da britânica Chatham House.

A criação de gado continuar a ser responsável por até 51% da emissão de gases prejudiciais ao meio ambiente, de acordo com alguns estudos, mas «não se pode presumir que qualquer dieta vegetariana terá pouco impacto no ambiente», disse Paul Fischbeck, um dos autores do estudo.