De acordo com um estudo, dietas com três ou mais porções por semana de alimentos ricos em flavonoides, reduzem risco de morte a pessoas com doença de Parkinson.
O trabalho, denominado por “Intake of Flavonoids and Flavonoid-Rich Foods, and Mortality Risk Among Individuals With Parkinson Disease: A Prospective Cohort Study”, é da autoria de Xinyuan Zhang, Samantha Molsberry, Tian-Shin Yeh, Aedin Cassidy, Michael Schwarzschild, Alberto Ascherio e Xiang Gao, e foi publicado na revista Neurology.
Os flavonoides são substâncias naturais, que se encontram nas plantas, e são considerados poderosos antioxidantes.
Encontram-se os flavonoides em alimentos como o chá, maçãs, frutas vermelhas, laranja e sumo de laranja, e vinho tinto.
Esta investigação tinha como objetivo estudar a associação entre a ingestão de flavonoides pré e pós-diagnóstico e o risco de mortalidade entre indivíduos com Doença de Parkinson identificados em duas grandes coortes dos EUA.
O estudo analisou 599 mulheres do Nurses’ Health Study e 652 homens do Health Professionals Follow-up Study que foram recentemente diagnosticados com Doença de Parkinson durante o acompanhamento.
A ingestão dietética de flavonoides totais e suas subclasses, juntamente com os principais alimentos ricos em flavonoides foram repetidamente avaliadas com base em um questionário de frequência alimentar validado a cada 4 anos.
Esta análise documentou 944 mortes 75% dos participantes, durante 32-34 anos de acompanhamento. Destes, 513 morreram de Parkinson, 112 de doenças cardiovasculares e 69 de vários cancros.
O grupo de pessoas que representava 25% dos consumidores com números mais elevados de flavonoides, tinham cerca de 673 miligramas (mg) nas suas dietas, em comparação com os 25% das pessoas que representam os consumos mais baixos de flavonoides, que tinham cerca de 134mg por dia.
Depois de ajustados fatores como a idade e as calorias totais, o grupo que mais consumia flavonoides mostrou ter 70% mais hipóteses de sobrevivência, em comparação com as pessoas do grupo que menos consumia flavonoides.
Constatou-se que uma maior ingestão total de flavonoides antes do diagnóstico de Doença de Parkinson foi associada a um menor risco futuro de mortalidade, após ajuste para idade, tabagismo, consumo total de energia e outras covariáveis.
Segundo os investigadores, o estudo não prova uma relação de causa-efeito entre o consumo de flavonoides e uma melhor taxa de sobrevivência ao Parkinson, mas mostra uma clara correlação.
Pode consultar o estudo aqui.