14 de Janeiro de 2016 A Direcção-Geral da Saúde (DGS) quer reduzir para metade ou menos de metade a quantidade de açúcar das saquetas disponibilizadas na restauração, geralmente quando se pede um café, e tornar obrigatório que estes pacotes apenas sejam oferecidos aos clientes se o pedirem expressamente. «Apesar de já existirem embalagens com menos açúcar [no mercado], pretende-se que a redução para três ou quatro gramas passe a ter carácter vinculativo, obrigatório, e que estes pacotes não sejam distribuídos de forma passiva aos cidadãos, para evitar o desperdício, que se estima em cerca de 40%», justifica ao “Público” o diretor-geral da Saúde, Francisco George. Esta proposta já foi entregue ao Ministério da Saúde e pretende diminuir a taxa de doenças crónicas, especialmente a diabetes tipo 2 e a obesidade, dois dos principais problemas de saúde pública em Portugal. O diretor-geral assume que não tem medo de polémicas: «A economia não pode estar contra a saúde dos cidadãos. Se há provas de que o açúcar está na origem de problemas graves, tem que haver uma aliança estratégica». Uma aliança que envolva não só os setores da saúde, da economia e da indústria, mas «todos os cidadãos, pais, avós, filhos», elenca. Este é um primeiro passo, idealiza, de «um processo educativo que visa a promoção de mais literacia e auto-cuidados que possam conduzir à redução da diabetes e da obesidade». |