20 de fevereiro de 2017 A Direção-Geral da Saúde está a preparar um manual dedicado à alimentação daqueles que trabalham por turnos. Quem trabalha por turnos tem uma dieta com mais calorias, mais gorduras e mais açúcar. Foi esta a principal conclusão de um estudo coordenado pela nutricionista Cátia Moreira, que avaliou os hábitos alimentares de trabalhadores por turnos da TAP. «Os trabalhadores por turnos da TAP apresentavam uma dieta com mais calorias, mais gorduras saturadas, colesterol alimentar e açúcar, quando comparados com aqueles que tinham horários normais», adianta Cátia Moreira. Associados aos turnos estão também problemas como «insónias, sonolência e alterações gastrointestinais como obstipação e flatulência». Segundo Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, estes trabalhadores «têm maior risco de sofrer de obesidade, diabetes tipo II e problemas cardiovasculares». Muito frequentemente surgem «desordens no sono, depressão e carência de vitamina D». Para mitigar o desenvolvimento de doenças e distúrbios associados ao trabalho por turnos, a DGS planeia lançar um manual, com recomendações direcionadas a estes trabalhadores. Pedro Graça defende, contudo, que estes cuidados não devem ser apenas dos trabalhadores. Este considera importante que os locais de trabalho «desenvolvam estratégias que permitam que os trabalhadores façam escolhas saudáveis», como disponibilizar sopa quente e fruta, e oferecer «espaços que convidem a fazer uma refeição», lê-se numa notícia, avançada pelo “DN”. |