Detidas 406 pessoas e 12 mil toneladas de produtos alimentares apreendidos 739

De acordo com um comunicado divulgado pela Europol, as autoridades policiais detiveram 406 suspeitos e apreenderam mais de 12 mil toneladas de produtos alimentares falsificados, no valor de cerca de 28 milhões de euros, numa operação que decorreu em 83 países, incluindo Portugal.

Esta operação foi coordenada pela Europol e a Interpol, e apoiada pelo Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), Comissão Europeia, Instituto de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) e pelas autoridades reguladoras nacionais.

Esta apreensão foi o resultado da operação OPSON 2020, que decorreu entre dezembro de 2019 e junho de 2020 e que visava o combate ao tráfico e venda de alimentos e bebidas falsificados e de fraca qualidade.

Ao todo foram desmanteladas 19 associações criminosas envolvidas em fraudes alimentares e detidos 406 suspeitos, num universo de mais de 26 mil ações policiais.

Para além disso, foram apreendidas cerca de 12 mil toneladas de produtos falsificados ou de venda ilegal que eram potencialmente prejudiciais à saúde.

Os alimentos para animais foram o produto mais apreendido, com mais de cinco mil toneladas, seguidos das bebidas alcoólicas, com mais de duas mil toneladas, e o leite e queijo podre, com 320 toneladas.

Também cerca de 210 toneladas de queijo que não cumpriam as condições para serem rotuladas com uma denominação geográfica protegida foram apreendidos.

O azeite foi outro dos produtos que mereceu uma ação direcionada, o que originou 88 toneladas de produto apreendido.

A fiscalização de álcool e vinho permitiu às autoridades policiais apreenderem 1,2 milhão de litros de bebidas alcoólicas.

Outros alimentos apreendidos foram os cereais, o café, o chá e condimentos.

Durante esta operação, a Europol constatou ainda que aumentou a venda online de alimentos e bebidas falsificados e abaixo do padrão de qualidade exigido e que representam uma ameaça à saúde pública, “um desenvolvimento que pode estar ligado à pandemia de covid-19”.