Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar (CINAMIL) estão a desenvolver um dispositivo portátil para medir a qualidade da água e alimentos em operações militares.
O projeto, denominado por SIPA (Sistema Integrado de Proteção Alimentar), pretende desenvolver uma tecnologia que, de forma imediata e no local, permita aferir a qualidade da água e dos alimentos, especialmente em ambientes hostis, onde o acesso a água potável nem sempre é garantido.
O projeto arrancou em 2021 e conta ainda com a colaboração da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da empresa Izum.
Os investigadores estão a desenvolver um biossensor, que esperam que fique concluído nos próximos seis a 12 meses.
O dispositivo será similar ao “tradicional dispositivo da glucose”, permitindo uma “leitura rápida, barata e simples” dos parâmetros de qualidade da água.
“Através de uma gota de água, colocada na superfície do sensor de base eletroquímica, vai ser possível detetar, no período máximo de 30 minutos, a bactéria E-Coli, o principal indicador de contaminação”, explicou Felismina Moreira, coordenadora do grupo de investigação BioMark do ISEP, à agência Lusa.
Neste momento, os investigadores estão em “fase de otimização” do produto, sendo que o sensor “já responde”, mas existem outros parâmetros que precisam de ser otimizados.
Foi também já testada a “sonda térmica móvel inteligente”, dispositivo que permite controlar a segurança alimentar.