Estudo: Descoberto atalho para fazer um açúcar mais saudável 1371

De acordo com um estudo publicado na revista cientifica “Nature”, denominado por “Synthesis of rare sugar isomers through site-selective epimerization”, foi descoberta uma maneira eficiente de produzir um sucedâneo do açúcar, que até pode ser mais benéfico para a nossa saúde.

O estudo foi da responsabilidade de Yong Wang, Hayden M. Carder e Alison E. Wendlandt, do MIT.

Este trabalho de investigação baseia-se em estudos anteriores que demonstraram que a alose, um açúcar bastante raro, isolado das folhas do arbusto africano Protea rubropilosa, pode ser um substituto ideal do açúcar.

Além de ser 80% tão doce quanto a sacarose, tem baixas calorias e traz potenciais benefícios para a saúde. Tem propriedades antioxidantes e também pode induzir atividade anticancerígena nas células. No entanto, é cara de obter devido à sua raridade na natureza.

Existem cópias de laboratório, que usam D-glicose como fonte primária barata e amplamente disponível. Contudo, envolvem um processo penoso para gerar apenas 2,5% de alose. Para piorar a situação, custa 80 dólares por cerca de 0,1 gramas.

Tendo por base esta informação, os cientistas pesquisaram as transformações químicas disponíveis que se assemelhassem à da enzima NeoN, da bactéria Streptomyces fradiae, que serviu de inspiração, e descobriram uma maneira de produzir alose através de glicose, num processo simples e com um aproveitamento de 40%.

A transformação de glicose em alose exigia um radical instável e uma molécula conhecida como tiol. Mas para a reação funcionar, era necessária uma molécula sensível à luz – um fotocatalisador. O fotocatalisador não só acelerou a reação na presença de luz, mas também foi essencial para garantir a reciclagem química.

Consulte o estudo aqui.