Os riscos e desafios que a indústria agroalimentar enfrenta perante a atual realidade belicista na Europa marcaram o 8º Congresso da Federação da Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, com o mote “Desafios da Mudança”, que também celebrou o 35º aniversário da associação.
Realizado no Centro Cultural de Belém, na terça-feira, o evento contou com a presença de vários convidados, a começar pelo Presidente da República, que inaugurou uma série de discursos através de uma mensagem em vídeo “onde destacou papel fundamental da indústria agroalimentar para a economia e para a vida dos portugueses”, refere a associação em comunicado. Marcelo Rebelo de Sousa, continua a FIPA, reconheceu ainda “que os últimos dois anos e meio têm sido difíceis, primeiro por causa da pandemia e depois por causa das repercussões de uma guerra de duração indefinida”.
O Presidente da FIPA, Jorge Tomás Henriques, seguiu-se nas intervenções ao afirmar que “o aumento dos custos dos combustíveis, da energia elétrica e do gás natural estão a colocar em risco a sustentabilidade de algumas empresas e a comprometer a manutenção de algumas operações” e que “é urgente enfrentar esta situação”. Já a Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, garantiu que Portugal continuará a ver garantido o seu fornecimento de cereais sem ruturas, admitindo, contudo, “estar preocupada” com a incerteza que a duração da guerra na Ucrânia levanta.
O evento contou ainda com quatro painéis de oradores, com o primeiro a dedicar-se aos Riscos e Desafios da Cadeia de Abastecimento e o seguinte a debruçar-se acerca da Competitividade Sustentável e aos Modelos de Gestão. As temáticas da Transição Digital na Estratégia Empresarial e a Inovação e os Sistemas Alimentares fecharam os debates.