Denúncia da Batalha leva Governo a multar empresa que serve refeições escolares 760

 

 

10 de outubro de 2018

O Ministério da Educação vai multar a empresa que serve refeições à Escola Básica e Secundária da Batalha, após denúncias de «graves deficiências» no fornecimento da comida às crianças, disse à agência Lusa o presidente da Câmara.

«Tivemos um contacto imediato da senhora secretária de Estado, Alexandra Leitão, que se mostrou preocupada com o assunto, que envolve não só as crianças, mas um incumprimento grave de um contrato que foi celebrado entre o Ministério da Educação e uma empresa privada», afirmou o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos.

O autarca revelou que, depois de ter denunciado à tutela «graves deficiências no fornecimento de refeições na Escola Básica e Secundária da Batalha, foram tomadas medidas de reforço das equipas e a empresa foi notificada pela intenção de aplicação de multas contratuais, uma vez que o contrato não estava a ser cumprido». Mas, «mais importante que isso, foi reforçar o acompanhamento da DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] Centro no refeitório escolar».

Paulo Batista Santos prometeu que irá «dar uns dias», mas que esse é um «tempo muito curto, não mais do que uma semana, para ver se a situação normaliza». Se não melhorar, o presidente vai propor ao Governo que «mande abaixo aquele contrato, que a Câmara está disponível para assumir a responsabilidade do fornecimento das refeições» e «seguramente com mais qualidade».

Apesar de não ser sua obrigação, a Câmara da Batalha reforçou o apoio às refeições com recursos humanos e com equipamentos: «O contrato é recente e de facto nunca prestou muito bom serviço, mas agora entrou numa rotura total. Perderam manifestamente o controlo. As funcionárias não têm experiência, as refeições começam a ser fornecidas muito tarde, há muitas crianças que não comem, o que é muito grave, porque entram em stress assim que ouvem o toque para irem para as aulas de tarde e vão-se embora», relatou. Além disso, revelou que a «qualidade da refeição e dos produtos confecionados também deixa muito a desejar».

O Município da Batalha já pediu uma intervenção urgente do Governo junto da concessionária responsável pelas refeições da escola básica e secundária local, denunciando «graves deficiências» no fornecimento.

De acordo com a agência “Lusa”, a autarquia informa que remeteu para a secretária de Estado Adjunta e da Educação o pedido de «intervenção urgente junto da concessionária de refeições escolares na Escola Básica e Secundária da Batalha, com fundamento no incumprimento grave do contrato realizado pelo Ministério da Educação e a empresa».

Segundo a Câmara, também a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha já intercedeu junto da Direção de Serviços Regional do Centro da Educação, solicitando intervenção para resolução da situação.