Na semana em que se assinala o Dia Mundial dos Avós (26 de julho), a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta para a importância de conhecer e estar atento aos sinais e sintomas da Degenerescência Macular da Idade (DMI) – uma das principais doenças associadas à idade que, numa fase avançada, pode causar perda de visão ou até mesmo cegueira depois dos 50 anos.
Segundo dados oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS), a DMI é a principal causa de cegueira nos países desenvolvidos e a principal causa de perda grave de visão depois dos 50 anos de idade. Em Portugal estima-se que 12% das pessoas, neste grupo etário, sofram de DMI e que cerca de 1% apresentam a forma avançada da doença.
“Os principais fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da DMI são a idade, a genética e o tabagismo. Uma vez que a cegueira é uma das consequências mais graves provocadas por esta doença, é fundamental um diagnóstico precoce e um acompanhamento regular do médico oftalmologista para que se consigam implementar as estratégias de prevenção e tratamento mais adequadas, de modo a evitar danos irreversíveis na visão dos doentes”, destaca Rufino Silva, médico oftalmologista e presidente da SPO.
No entanto, a DMI tem a particularidade de em fases precoces poder evoluir silenciosamente e ser praticamente assintomática, o que traz alguns desafios acrescidos ao diagnóstico. Nesta fase inicial, as pessoas não conseguem perceber que existem lesões maculares e apenas a observação do médico oftalmologista vai permitir fazer o diagnóstico correto e determinar o risco de cada doente desenvolver formas avançadas da doença.
“O fator tempo é determinante nos casos de DMI, uma vez que a doença vai progredindo e pode levar a alterações da visão de contraste, da visão das cores e da visão em ambientes com má luminosidade, por exemplo. Com o progredir desta patologia, o doente poderá ficar incapacitado para várias situações da vida diária, tais como ler, escrever, ver as horas, conduzir, entre outras. Por este motivo, a SPO alerta para que todas as pessoas com mais de 50 anos, caso notem distorção das imagens acompanhadas de um ponto preto, consultem imediatamente um especialista para que se inicie os tratamentos o mais rápido possível”, reforça ainda o presidente da SPO.
Existe atualmente tratamento para as formas húmidas da doença nas que é realizado através de injeções intraoculares e pode evitar a perda visual progressiva. Esta terapêutica é eficaz e que pode ser necessária manter por vários anos.
Para reduzir o risco de desenvolvimento de DMI, ou retardar a sua progressão, recomenda-se a adoção de hábitos de vida saudável, como evitar fumar; praticar exercício físico regularmente; manter uma dieta rica em frutas e vegetais; monitorizar os níveis de tensão arterial e colesterol; toma de vitaminas e antioxidantes quando indicadas e o acompanhamento regular de um médico oftalmologista a partir dos 50 anos.
Para mais informações sobre DMI, consulte: https://spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2014/03/degenerescencia_macular_da_idade.pdf