DECO quer proibir a venda de bebidas energéticas a menores de 16 anos 1084

O consumo de bebidas energéticas tem aumentado significativamente nos últimos anos, especialmente entre os jovens, sendo, muitas vezes, promovido como uma forma de aumentar a energia, concentração e resistência física.

As bebidas energéticas, segundo alerta, hoje, a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, no seu portal, contêm grandes valores de cafeína e outros ingredientes estimulantes, como taurina, guaraná, e ginseng, além de elevados níveis de açúcar. Estudos científicos já demonstraram que o seu consumo excessivo pode originar graves problemas de saúde, “contudo as empresas produtoras de bebidas energéticas promovem apenas os seus benefícios”.

Neste sentido, “em muitos dos casos, os avisos sobre os riscos de consumo excessivo de cafeína são pouco visíveis nas embalagens”. Além disso, nos supermercados, “estes produtos são expostos perto de refrigerantes e sumos, confundido os consumidores sobre a sua verdadeira identidade”.

A DECO alerta ainda para a junção das bebidas energéticas com o álcool, visto que “as bebidas energética podem não transparecer os efeitos do álcool, levando a um consumo excessivo e uma falsa sensação de sobriedade, aumentando o risco de acidentes e outros comportamentos perigosos”.

Assim sendo, a DECO propõe três medidas para regular a venda destas bebidas:

  • Reforço da informação aos consumidores no momento da compra

Nomeadamente, dos potenciais efeitos nocivos das bebidas energéticas e doses diárias recomendadas de cafeína nos pontos de venda físicos e online. E ainda delimitação e identificação das bebidas energéticas nos postos de venda para a distinção de refrigerantes, sumos e outras bebidas.

  • Informação no rótulo

Introdução obrigatória de uma mensagem informativa destacada quanto aos potenciais efeitos nocivos das bebidas energéticas.

  • Regulação da venda e consumo de bebidas energéticas a menores

Proibição da venda e consumo de bebidas energéticas a menores de 16 anos e recomendação de consumo moderado até aos 18 anos.