A Deco Proteste, no seu portal, indica que em apenas uma semana, um cabaz de bens alimentares aumentou quase sete euros.
“Em apenas uma semana, um cabaz de bens alimentares aumentou quase sete euros. Para abastecer a despensa de alimentos essenciais, os consumidores podem agora ter de gastar mais de 200 euros”, indica a Deco.
A organização de defesa do consumidor comparou os preços a 6 e 13 de abril e constatou que, “em apenas uma semana, o mesmo cabaz de bens alimentares essenciais passou a custar mais 6,75 euros (mais 3,46 por cento). Se a 6 de abril os consumidores poderiam ter de gastar 194,92 euros para abastecer a despesa, uma semana depois, a 13 de abril, a despesa é de 201,68 euros”.
A Deco indica que está a monitorizar todas as quartas-feiras, desde fevereiro, os preços recolhidos no dia anterior, de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais. Este inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
“Começamos por calcular o preço médio por produto em todas as lojas online do nosso simulador, e depois, somando o preço médio de todos os produtos, obtemos o custo do cabaz para um determinado dia”, explica.
“Esta análise tem revelado aumentos consecutivos, com alguns produtos a registarem aumentos de preços de dois dígitos de uma semana para a outra”, avança.
A Deco avança ainda que desde que “se analisarmos a evolução do custo do cabaz entre 23 de fevereiro, um dia antes do início da guerra na Ucrânia, e esta semana, a subida é de 18,05 euros, ou seja, um aumento de 9,83 por cento”.
Já na última semana, entre 6 e 13 de abril, “o preço da pescada fresca, por exemplo, registou um incremento de 64%, mais 4,07 euros em apenas uma semana. Os preços da curgete e dos cereais de trigo, arroz e aveia integrais também aumentaram significativamente: 23% (mais 0,52 cêntimos) e 15% (mais 0,36 cêntimos), respetivamente. Se analisarmos exclusivamente as categorias de produto com maior subida de preço entre 6 e 13 de abril, a carne e o peixe são as que mais se destacam, com incrementos de 11,78% e 17,74%, respetivamente. Estas também já tinham sido as categorias com maiores aumentos na semana anterior”.
A razão deste aumento é fácil de explicar. “A limitação da oferta de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente da energia, necessária à produção agroalimentar, podem, por isso, estar a refletir-se num incremento dos preços nos mercados internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor de produtos como a carne, os hortofrutícolas, os cereais de pequeno-almoço ou o óleo vegetal. No peixe, por sua vez, a subida dos preços poderá estar a refletir o aumento dos preços dos combustíveis, que tem um elevado impacto na indústria da pesca”.